“Quanto mais o estado planeja, mais difícil se torna para o
indivíduo traçar seus próprios planos”. (F. A. Hayek)
Com a expressão título deste texto, “o maior mal é um governo sem limite”, o economista austro-britânico Friedrich Hayek legou-nos, em 1960, na sua obra “The Constitution of Liberty”, uma das mais importantes advertências sobre os malefícios do excesso de protagonismo dos governos de tendência à esquerda. Ela está fundada em evidências de que o planejamento econômico fortemente centralizado no governo é incapaz, por natureza, de entender e atender com eficácia e eficiência às necessidades dos indivíduos. Como o planejador central falha nessa tarefa, e para não perder a governabilidade, ele se vale da coerção e com isso passa a restringir as liberdades individuais. À medida que essa incapacidade vai se mostrando incontornável, esses governos - para manterem o poder - inclinam-se ao totalitarismo.
“Uma
reivindicação por igualdade material só pode ser satisfeita por um governo com
poderes totalitários”. (Friedrich Hayek)
Por
outro lado, quando os mercados operam livremente eles captam com elevado grau
de precisão as necessidades individuais e agem proativamente para o bem da
economia como um todo. Dessa constatação, fica-nos a lição de que os mercados
precisam de liberdade, e para que isso aconteça, os governos devem ter um papel
muito tênue na dinâmica da economia de tal modo a permitir que a sociedade,
por si só, promova o progresso. O papel do governo há de se limitar ao mínimo
necessário para garantir especialmente a justiça e pouco mais do que isto.
Portanto, dizer que o maior mal a que podemos nos submeter é o de vivermos sob
um governo totalitário, onipresente, excessivamente regulador e patrimonialista
metendo-se na esfera da atividade privada é, de fato, um grande infortúnio.
“O
controle econômico não é meramente o controle de uma parte da vida que pode ser
separada do restante; é o controle dos meios para todos os nossos fins”.
(Friedrich Hayek)
Quem viveu como adulto a época de Margaret Thatcher a partir de 1975 há de se lembrar de que a esfacelada economia inglesa que ela encontrou ao assumir o governo foi remodelada segundo as ideias de Hayek. Ela enxugou o Estado, privatizou estatais ineficientes, desregulou setores viciados em proteção governamental, reviu o exagerado estado de bem-estar social de tal modo a sacudir o conforto daqueles que só sugavam as tetas da nação e nada davam em troca. Do outro lado do Atlântico, na mesma época, e com base nas mesmas ideias liberais de Hayek, Ronald Reagan, nos EUA, agia também em favor de mercados livres e com ampla liberdade de ação. Simplificaram a máquina governamental, tiraram as amarras que cerceavam a atuação dos empreendedores e reduziram impostos para permitir que as pessoas – em gastando mais – promovessem, elas mesmas, o progresso de suas respectivas nações.
Quem viveu como adulto a época de Margaret Thatcher a partir de 1975 há de se lembrar de que a esfacelada economia inglesa que ela encontrou ao assumir o governo foi remodelada segundo as ideias de Hayek. Ela enxugou o Estado, privatizou estatais ineficientes, desregulou setores viciados em proteção governamental, reviu o exagerado estado de bem-estar social de tal modo a sacudir o conforto daqueles que só sugavam as tetas da nação e nada davam em troca. Do outro lado do Atlântico, na mesma época, e com base nas mesmas ideias liberais de Hayek, Ronald Reagan, nos EUA, agia também em favor de mercados livres e com ampla liberdade de ação. Simplificaram a máquina governamental, tiraram as amarras que cerceavam a atuação dos empreendedores e reduziram impostos para permitir que as pessoas – em gastando mais – promovessem, elas mesmas, o progresso de suas respectivas nações.
Como
visto, estamos aqui no Brasil exatamente na contramão de práticas liberais,
pois o nosso governo está cada vez mais se intrometendo em tudo. Pagamos o
preço da excessiva regulação dos mercados, dos atabalhoados programas sociais
que injetam recursos para dar o peixe e não para ensinar a pescar e sofremos
ainda pela onipresença do estado na atividade que poderia ser privada. Para os
que procuram provas internas de que o estado mais leve é melhor, basta que nos
recordemos que nos governos FHC tivemos sucesso com várias privatizações. Senão
vejamos: Esperávamos décadas para ter um telefone. Com o sistema Telebrás
privatizado hoje temos telefones em abundância e o governo, ao contrário de ter
que financiar as operações, hoje arrecada altos impostos. E a Embraer? Já
imaginaram se estivesse ainda nas mãos do governo? O mesmo raciocínio aplica-se
à Vale do Rio Doce e partes do sistema Eletrobrás. Deu certo, disto ninguém tem
dúvidas. Mas, muita coisa ainda ficou por ser feita.
Infelizmente, o governo PT pensa diferente.
Ele é Keynesiano e totalitário no sentido de que entende que só o governo pode
promover o progresso via gastos públicos elevados. Imagina que estamos na mesma
situação em que o mundo se encontrava no pós-29, época da grande depressão. Não
percebe, por exemplo, que suas estatais são ineficientes pela razão natural de
se auto identificarem como entes públicos. Mais do que contribuir com impostos
acabam por sugar o erário que, com frequência, precisa socorrê-las. Por que
devemos manter públicas empresas como os Correios, as companhias de Docas, a
Petrobrás, vários bancos, empresas do setor elétrico e outras que seriam mais
eficientes quando operadas pelo setor privado? Há, sim, uma resposta bem
simples para estas perguntas: Assim como nos ministérios e milhares de
repartições públicas é também nessas empresas que o governo encaixa seus
apaniguados para todos os propósitos de que já somos sabedores. Competência
nunca é pré-requisito, mas QI (quem indicou), sim.
Com a reeleição de Dilma e com o ideário petista
- se é que podemos dizer hoje que o PT ainda tem alguma ideologia - nossas
perspectivas futuras não são das melhores. O Estado continuará onipresente na
vida dos cidadãos. A máquina estatal continuará sugando a quase totalidade dos
impostos que pagamos; as estatais e os setores que contratam continuarão a ser
controladas por malfeitores que irão se locupletar a custa de produtos e serviços
cada vez mais caros que teremos de pagar; os mercados serão impedidos de agir
livremente conforme os fatos e oportunidades indicam, pois os planejadores de
Brasília ficarão ainda mais distantes da realidade e finalmente as nossas
liberdades individuais poderão ser cerceadas, pois, como disse Gerald Ford,
ex-presidente americano:
“Um
governo grande o suficiente para lhe dar tudo o que você quer é forte o
bastante para tirar tudo o que você tem”. (Gerald Ford)
Edson
Pinto
Novembro’2014
2 comentários:
De: Edson Pinto
Para: Amigos
Caros amigos (as):
Essa tentação petista por um estado grande e onipresente encontra críticos severos desde há muito.
Infelizmente, a esquerda só entende que é o estado e nunca o mercado livre como sendo o verdadeiro indutor do crescimento econômico e, por extensão, da melhoria do bem-estar e da justiça social.
Como sou antigo critico do modelo centralizador, busquei nesta semana as ideias de Friedrich August von Hayek para sustentar minha tese de que estamos no caminho errado.
Corremos o risco de perder não apenas as nossas liberdades econômicas, mas também as nossas sagradas liberdades individuais e civis.
Meu texto, O MAIOR MAL É UM GOVERNO SEM LIMITE vai publicado aqui.
Vejam se concordam comigo!
Abraço a todos!
Edson Pinto
NÃO SÓ CONCORDO CONTIGO, COMO VOU MAIS ALÉM,SÓ HA UMA SAÍDA: "GOLPE MILITAR, COM DIREITO A PAREDÃO E ACABAR COM O GOVERNO DE BRASÍLIA, QUE SÓ SUGA...VAMOS SEPARAR O BRASIL EM VÁRIOS ESTADOS E QUE OS CORONÉIS DE HOJE (RENANS, SARNEYS, ETC) SE TORNEM DIRIGENTES DE SEUS ESTADOS...". TENHO QUASE CERTEZA QUE MEU AMIGO EDSON PINTO NÃO IRÁ, JAMAIS, CONCORDAR COM ISSO. GRANDE ABRAO / ARAUJO
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