Estamos todos chocados com mais esse acidente que ceifa vidas e enluta famílias por gerações. Acho que sofremos uma crise de liderança. Explico melhor a minha tese:
Simplesmente porque cabe ao lideres o bom senso de diagnosticar a situação e conduzi-la da forma mais adequada que a moralidade determina. Neste caso, entre tantas outras considerações que a crise aérea brasileira vem nos apresentando, deveriam, no mínimo, observar, com rigor, algumas das seguintes premissas:
Mais vôos e mais aviões só quando tivermos mais aeroportos, pistas mais longas e tecnologia de ponta para se evitar acidentes. Se o aeroporto deixou de ser seguro como é o caso de Congonhas, pois fora engolido pela cidade, que o desative... Este assunto é muito antigo e até hoje o que se fez foi aquilo que todos nós sabemos: enfeitaram o terminal com luxuosas alas e shoppings, mas a pista continua do mesmo tamanho que tinha quando nos anos 40 lá pousavam os modorrentos Electras movidos à hélice e não pelas poderosas turbinas de hoje em dia.
Seria mais seguro e talvez menos custoso ligar com trens de alta velocidade tanto Viracopos como Cumbica. Não, o que fizeram foi tornar Congonhas o aeroporto de maior tráfego da América do Sul. Interesse financeiro de quem? Quem nunca teve medo dentro de um avião que se aproxima da pista de Congonhas passando raspando em tantos prédios e com uma pista de menos de 2.000 metros? A área de segurança pré e pós ponto de contato é de cerca de 90 metros. E o que são 90 metros para uma máquina de dezenas de toneladas como é o caso de um Airbus ou de outras aeronaves gigantes?
Do lado do consumidor, falta também um pouco de cuidado, mais humildade e menos arrogância. Não quero me colocar como exemplo, mas acho que racionalizei um pouco esse assunto: Tenho negócios em Belo Horizonte e nos últimos 12 meses já fui até lá umas 15 vezes. 8 de carro; 6 de ônibus e somente uma de avião, da qual me arrependi pelos incômodos que todos nós sabemos. De carro e de ônibus curto a paisagem e ainda me permito ao hábito da leitura, com isso mitigando um pouco a minha inata ignorância. Claro que para destinos mais distantes o avião ainda é insubstituível, porém se as pessoas que tem destinos próximos trocassem suas viagens por meios alternativos, os aeroportos ficariam menos lotados e menos inseguros.
Fica aqui a minha superficial análise sobre o tema.
Enquanto não tivermos bom senso e responsabilidade sobre esse assunto da crise aérea, de minha parte pelo menos, evitarei, ao máximo, viajar de avião. Fico, contudo e ainda, apreensivo quanto à possibilidade de que uma dessas poderosas máquinas de voar - pela incompetência de nossas lideranças - venha a cair sobre minha cabeça... Que Deus nos proteja!!!
Edson P. Pinto
SP 17/7/07
- O progresso nos impõe mais tecnologia, mais velocidade e como conseqüência mais riscos...
- O Poder Econômico, para tirar proveito dos avanços tecnológicos, busca de forma quase irresponsável a redução de custos, a ampliação ilimitada dos mercados e como conseqüência reduz as margens de segurança...
- O Poder Público faz o jogo dos interesses, acomodando demandas contraditórias e com isso deixa de fiscalizar e agir como lhe são de competência.
- O cidadão, atordoado pelo sistema que igualmente lhe impõe a mesma postura de rapidez, economia e atendimento às suas vaidades, se irrita e briga - às vezes até de forma histérica - quando há um atraso num vôo mesmo que a origem de tal atraso seja por medida de segurança...
Simplesmente porque cabe ao lideres o bom senso de diagnosticar a situação e conduzi-la da forma mais adequada que a moralidade determina. Neste caso, entre tantas outras considerações que a crise aérea brasileira vem nos apresentando, deveriam, no mínimo, observar, com rigor, algumas das seguintes premissas:
Mais vôos e mais aviões só quando tivermos mais aeroportos, pistas mais longas e tecnologia de ponta para se evitar acidentes. Se o aeroporto deixou de ser seguro como é o caso de Congonhas, pois fora engolido pela cidade, que o desative... Este assunto é muito antigo e até hoje o que se fez foi aquilo que todos nós sabemos: enfeitaram o terminal com luxuosas alas e shoppings, mas a pista continua do mesmo tamanho que tinha quando nos anos 40 lá pousavam os modorrentos Electras movidos à hélice e não pelas poderosas turbinas de hoje em dia.
Seria mais seguro e talvez menos custoso ligar com trens de alta velocidade tanto Viracopos como Cumbica. Não, o que fizeram foi tornar Congonhas o aeroporto de maior tráfego da América do Sul. Interesse financeiro de quem? Quem nunca teve medo dentro de um avião que se aproxima da pista de Congonhas passando raspando em tantos prédios e com uma pista de menos de 2.000 metros? A área de segurança pré e pós ponto de contato é de cerca de 90 metros. E o que são 90 metros para uma máquina de dezenas de toneladas como é o caso de um Airbus ou de outras aeronaves gigantes?
Do lado do consumidor, falta também um pouco de cuidado, mais humildade e menos arrogância. Não quero me colocar como exemplo, mas acho que racionalizei um pouco esse assunto: Tenho negócios em Belo Horizonte e nos últimos 12 meses já fui até lá umas 15 vezes. 8 de carro; 6 de ônibus e somente uma de avião, da qual me arrependi pelos incômodos que todos nós sabemos. De carro e de ônibus curto a paisagem e ainda me permito ao hábito da leitura, com isso mitigando um pouco a minha inata ignorância. Claro que para destinos mais distantes o avião ainda é insubstituível, porém se as pessoas que tem destinos próximos trocassem suas viagens por meios alternativos, os aeroportos ficariam menos lotados e menos inseguros.
Fica aqui a minha superficial análise sobre o tema.
Enquanto não tivermos bom senso e responsabilidade sobre esse assunto da crise aérea, de minha parte pelo menos, evitarei, ao máximo, viajar de avião. Fico, contudo e ainda, apreensivo quanto à possibilidade de que uma dessas poderosas máquinas de voar - pela incompetência de nossas lideranças - venha a cair sobre minha cabeça... Que Deus nos proteja!!!
Edson P. Pinto
SP 17/7/07
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