Após o seu primeiro ano de governo, a presidenta Dilma já começa a consolidar-se com a imagem de executiva competente ao mesmo tempo em que demonstra coragem para enfrentar problemas até agora intocáveis e sensibilidade para atitudes com potencial de qualificá-la como a “mãe de todos os brasileiros”. Como qualquer boa mãe, quer sempre o melhor para seus filhos.
Porém, isso não é fácil...
Um país marinado na vinha d’ alhos da esperteza onde o sistema político representa o caráter ímprobo da banda podre da sociedade tem a resistência de uma palmeira do deserto. Esta, como se sabe, tem a raiz mais profunda de tantas quantas se possa imaginar. Sobrevive às adversidades como nenhuma outra e até mesmo sob as mais severas condições permanece inquebrantável. Pena que a palmeira é do bem e a improbidade é do mal. O que há em comum é a sua resistência em manter-se vicejante.
O domingo de Dia das Mães apresentava-se muito propício para reflexões transcendentes. Afinal, mais do que tudo, reconhecer a importância da maternidade é prestar humildemente e de joelhos homenagens à sabedoria do Criador que a fez na forma da mais pura manifestação de amor para sustentar tudo o que há no Universo.
A figura da mãe não é só a da mulher que nos gerou e, quase sempre, a que também nos criou. Ela passa do material de nosso mundinho para o supremo do mistério da vida e do incompreensível Universo que nos rodeia. A bondade materna é o cimento que dá coesão a todo o edifício da existência.
Que bom saber que mãe é símbolo de bondade. Que mãe é símbolo de dedicação, de conforto, compreensão, amor incondicional e luz que nos ilumina o caminho e nos impulsiona para frente e para o alto. A mãe pode estar em casa, na escola, no trabalho, na sociedade e, por que não, até na presidência da República.
Se fossemos uma monarquia gostaríamos de ter uma Rainha-mãe. Não sendo, e subjugados à ditadura, preferível a mão corretora de uma mãe severa, porém carinhosa, do que o bastão de um general tirano. Sob a égide da liberdade de uma república, melhor ainda uma mãe que zela pelos filhos do que um punhado de velhacos que pensa em servir-se do povo e não o contrário.
Dilma, embalada pelo espírito do Dia das Mães, anuncia o Brasil Carinhoso, programa que pretende tirar da miséria absoluta todas as famílias brasileiras com crianças até seis anos de idade. Ninguém pode ser contra um programa como esse. Todos nós, exceto os que precisam da miséria do povo para conquistar seus objetivos escusos, estaremos dispostos a fazer o que for preciso para que isso de fato aconteça. Do coração de mãe da presidenta Dilma, só podemos esperar bondade e carinho de tal sensatez e magnitude. Dará certo?
Mal a presidenta terminara sua fala recheada de carinho com o Brasil, o programa Fantástico, da Rede Globo, em mais uma reportagem já não mais tão fantástica devido à habitualidade com que frequentam a nossa realidade, apresenta-nos a fala igualmente carinhosa com a qual a Sra. Carla Ubarana Leal, funcionária do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte, demonstra em minúcias o desfalque de 20 milhões de reais praticado por ela e por dois desembargadores do estoque de precatórios que ao Tribunal cabia entregar a quem de direito: Viagens nababescas, imóveis e veículos caríssimos encheram de alegria os três filhos potiguares de Dilma por um longo período enquanto crianças famélicas lutavam pela sobrevivência minimamente digna.
Claro que esses filhos safados, Dilma não gostaria de ter. Nem nós. É óbvio! O problema é que o “Brasil Carinhoso” da presidenta e mesmo o “Brasil Justo” que todos queremos é democrático e para todos.
Para todos?
Sim! Até mesmo para aqueles que se servem da desonestidade para benefício pessoal, de grupelhos e partidos políticos. E olha que - como a palmeira do deserto - essa turma é forte, arraigada e tem raízes profundas. Passará o tempo que for e ela não deixará de existir, a menos que ao invés de simplesmente cortar-lhes os galhos e o tronco aprendamos a salgar suas raízes.
Edson Pinto
Maio’ 2012
4 comentários:
De: Edson Pinto
Para: Amigos
Caros amigos:
Seguindo o afogadilho da entrega das Declarações do IR no final de abril, tivemos o feriado do Dia do Trabalho, 1º de maio, e depois o Dia das Mães.
Como tenho juízo para cumprir com prioridade as minhas obrigações de cidadania servindo patrioticamente ao Leão e, afortunadamente, ainda tendo minha mãe que sempre visito em Minas, aloquei, conscientemente, todo o meu tempo discricionário a essas nobres tarefas.
Não sobrou, portanto, nas quatro últimas semanas, tempo para escrever o meu texto regular como gosto de fazer. Não sei se notaram, mas o último que publiquei foi em 12 de abril.
Volto somente agora com o texto de nº 201 para refletir sobre a maravilha que é o amor de mãe. Leiam BRASIL CARINHOSO.
Boa semana a todos!
Edson Pinto
Triste realidade. Parabéns por mais este ótimo texto.
Na verdade, o "Brasil Carinhoso" beneficiará famílias com criança de 0 a 6 anos. Casal deve ter filho a cada 5 anos, pra não perder a grana.
www.osmardilama.com.br
De: Laércio Calandrino
Para: Edson Pinto
Edson
estava para te perguntar da falta de suas publicaçoes....ja entendi o motivo era leonino!!!!! rsrsrsr
abraço
Laércio
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