Gabriel Garcia Marques, o grande escritor colombiano, isolou-se por 1 ano e meio para escrever a obra que é considerada a 2ª mais importante de toda a literatura hispânica. Seria suplantada, segundo Pablo Neruda, apenas pelo clássico de Miguel de Cervantes, Don Quixote de La Mancha.
No famoso romance no melhor estilo do autêntico realismo fantástico, o ganhador do prêmio Nobel de Literatura de 1982 retrata a saga da família Buendia-Iguarán no povoado de Macondo que eles mesmos fundaram. Sucedem gerações e gerações, personagens e mais personagens para compor a surpreendente saga da família ficcional gestada na mente de Marques. O encanto de sua trama levou-o a vender mais de 30 milhões de exemplares de “Cem Anos de Solidão” tornando Gabriel Garcia Marques em mais do que um mito, senão um verdadeiro ícone da literatura latino-americana e mundial.
Há um ano e meio eu comecei a escrever as insignificâncias que publico religiosamente a cada semana no meu blog pessoal. Seria gigante a insensatez de minha parte se quisesse traçar alguma relação desta auto veleidade com a obra magnífica de Marques. No entanto, atrevido como sou, roubei-lhe a idéia do título porque, com este texto que ora escrevo, atinjo a marca não de cem anos como na saga dos Buendias, mas de cem publicações. E mais, considerando que o ato de escrever é, no fundo, um ato de ensimesmamento, concentração e pura solidão, me vejo encaixado de forma furtiva e despretensiosa em algo que, de certo modo, tornam as coisas um tanto parecidas. Cem anos, cem textos e a solidão típica dos escrevinhadores que persiste em nos envolver.
Todos nós escrevemos de forma contínua as passagens de nossas vidas, nossas idéias, fantasias e desejos. Escrevemos na mente e deixamos que efeitos químicos gravem tudo em nossos neurônios, mesmo que seja para serem lidos somente pelo inconsciente na calada do sonho noturno ou captados como ecos distorcidos vindos do labirinto de nossas almas. Às vezes, podemos gravar os mesmos fatos, idéias, fantasias e desejos na forma de símbolos sobre folhas de papel ou cliques no teclado de um computador, tudo, como decorrência de um impulso que nos leva a partilhar com o exterior aquilo que incomoda ocultar.
Vã a idéia de que ao revelar nossos pensamentos na forma de textos, eles encontrarão calorosa acolhida por parte de quem se dá ao trabalho de lê-los. Por isso, aquele texto que tocou-nos fundo a alma pode não ter o menor efeito para os outros. O contrário, um texto despretensioso, como julgava Marques ser o seu livro agora célebre, pode cair no gosto de toda a gente. Quem escreve com a alma não deve ser guiado pela ânsia de que o texto agrade, pois se a alma não é pequena, como nos ensinou Fernando Pessoa, tudo valerá à pena.
Ao atingir o texto de número 100 publicado no meu blog, penso que meus poucos, mas fieis leitores merecem mais do que o meu agradecimento por terem me tolerado por tanto tempo, mas também a deferência de uma consulta sobre o interesse em continuar recebendo meus escritos. Com base no grau de aceitação de meus leitores pretendo decidir se continuo publicando meus textos no mesmo ritmo atual ou se farei modificações quanto à sua frequência.
Mandem-me em resposta um e-mail: epinto2008@gmail.com ou façam os registros que julgarem adequados no espaço destinado a COMENTÁRIOS que vem em seguida a este texto.
Edson Pinto
Outubro’2009
No famoso romance no melhor estilo do autêntico realismo fantástico, o ganhador do prêmio Nobel de Literatura de 1982 retrata a saga da família Buendia-Iguarán no povoado de Macondo que eles mesmos fundaram. Sucedem gerações e gerações, personagens e mais personagens para compor a surpreendente saga da família ficcional gestada na mente de Marques. O encanto de sua trama levou-o a vender mais de 30 milhões de exemplares de “Cem Anos de Solidão” tornando Gabriel Garcia Marques em mais do que um mito, senão um verdadeiro ícone da literatura latino-americana e mundial.
Há um ano e meio eu comecei a escrever as insignificâncias que publico religiosamente a cada semana no meu blog pessoal. Seria gigante a insensatez de minha parte se quisesse traçar alguma relação desta auto veleidade com a obra magnífica de Marques. No entanto, atrevido como sou, roubei-lhe a idéia do título porque, com este texto que ora escrevo, atinjo a marca não de cem anos como na saga dos Buendias, mas de cem publicações. E mais, considerando que o ato de escrever é, no fundo, um ato de ensimesmamento, concentração e pura solidão, me vejo encaixado de forma furtiva e despretensiosa em algo que, de certo modo, tornam as coisas um tanto parecidas. Cem anos, cem textos e a solidão típica dos escrevinhadores que persiste em nos envolver.
Todos nós escrevemos de forma contínua as passagens de nossas vidas, nossas idéias, fantasias e desejos. Escrevemos na mente e deixamos que efeitos químicos gravem tudo em nossos neurônios, mesmo que seja para serem lidos somente pelo inconsciente na calada do sonho noturno ou captados como ecos distorcidos vindos do labirinto de nossas almas. Às vezes, podemos gravar os mesmos fatos, idéias, fantasias e desejos na forma de símbolos sobre folhas de papel ou cliques no teclado de um computador, tudo, como decorrência de um impulso que nos leva a partilhar com o exterior aquilo que incomoda ocultar.
Vã a idéia de que ao revelar nossos pensamentos na forma de textos, eles encontrarão calorosa acolhida por parte de quem se dá ao trabalho de lê-los. Por isso, aquele texto que tocou-nos fundo a alma pode não ter o menor efeito para os outros. O contrário, um texto despretensioso, como julgava Marques ser o seu livro agora célebre, pode cair no gosto de toda a gente. Quem escreve com a alma não deve ser guiado pela ânsia de que o texto agrade, pois se a alma não é pequena, como nos ensinou Fernando Pessoa, tudo valerá à pena.
Ao atingir o texto de número 100 publicado no meu blog, penso que meus poucos, mas fieis leitores merecem mais do que o meu agradecimento por terem me tolerado por tanto tempo, mas também a deferência de uma consulta sobre o interesse em continuar recebendo meus escritos. Com base no grau de aceitação de meus leitores pretendo decidir se continuo publicando meus textos no mesmo ritmo atual ou se farei modificações quanto à sua frequência.
Mandem-me em resposta um e-mail: epinto2008@gmail.com ou façam os registros que julgarem adequados no espaço destinado a COMENTÁRIOS que vem em seguida a este texto.
Edson Pinto
Outubro’2009
7 comentários:
Edson,
parabéns pelo seu 100º texto de seu Blog.Acho sempre bom ler coisas que nos faz refletir sobre os acontecimentos da história e o sentido da vida e outras coisas mais....Pricipalmente quando escrito por pessoa de credibilidade e culta.
Abraço
Sylvio
De: Ibrahim G. Tahtouh
Para: Edson Pinto
Edson quanta honra receber seus escritos que com tanto esmero e mineirices delicadamente nos brinda.
Parabéns pelo centésimo e espero continuar recebendo estas reflexões que refletem sua compreensão e história de vida.
Um grande abraço de seu amigo, vizinho e partilhante de charutos que nos ajudam a filosofar de maneira mais mineira (às vezes com um bolinho da Jane)
Ibrahim Georges Tahtouh
De: Regina P.P. Morais
Para: Edson Pinto
Oi Mano!
Não só como leitora assídua dos seus textos, mas também como admiradora dos mesmos, gostaria que a freqüência não seja alterada.
Nós como leitores também fazemos parte dos solitários, pois quando lemos seu (ou outro) texto é um momento só nosso, um momento de reflexão. Quando abro seu correio, leio o texto, este momento é só meu. As vezes viajo, outras incorporo ou mesmo me vejo nas suas linhas, só não consigo ficar indiferente às suas publicações semanais.
Edson, continue escrevendo, assim deste jeito, com a alma e o coração e nos enviando este presente todas as semanas.
Beijos da irmã que te ama muito.
Regina.
De: Eugênio Attizani
Para: Edson Pinto
Boa tarde Edson
É com muito orgulho que sempre dedico parte do meu tempo para ler e aprender com as mensagens de extrema inteligência que você nos envia.
Quero parabenizá-lo, em primeiro lugar, por divulgar textos com conteúdos modernos e alguns eternos, e depois pelas centésima mensagem.
Saiba, mais uma vez, que é prazeiroso tê-lo como amigo, e firmo aqui, que poderíamos, qualquer dia desses, nos encontrar juntamente com os poucos mais bons amigos.
Abraços e que Deus abençoe sempre, você e sua família.
Eugenio Attizani Neto
De: André
Para: Edson Pinto
Caro Edson,
Os textos publicados em seu blog são por mim aguardados com muita expectativa.Sua visão da vida e de tudo que o cerca, incomoda, aprecia, e tudo o mais faz com que possamos concordar ou não. Temos a oportunidade de ver as coisas que nos cercam de outro ângulo. As vezes concordamos outras não porém assim é a vida.Quanto a frequência de publicação para mim é bastante adequada. Claro que nem sempre posso ler na data do envio, porém o faço com muito prazer.Por isso gostaria que vc continuasse a me enviar seus textos.
Um grande abraço
André
De: Leonardo
Para: Edson Pinto
Pai
Sou a favor da continuidade da frequência semanal rumo ao texto 200.
Não consigo ler todos mas leio 80% dos textos!!!
Leo
De: Francisco Farina
Para: Edson Pinto
Meu caro Edson e Companheiro PHILIPINO, eu e principalmente minha esposa, somos fans incondicionais de suas crônicas, as quais todas elas são, tenha a certeza, das nossas mesmas opiniões principalmente quando se trata de política brasileira.
Continue escrevendo, Parabéns.
Não se esqueça que estamos nos devendo um encontro, lembra-se?
Um grande abraço.
Farina
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