Sempre me aborreço com aquele tipo de gente pessimista que vê empecilhos em tudo. Não consegue contornar um obstáculo nem encontrar uma alternativa para qualquer sorte de problema que surge.
___ Ah! Não vai dar; não posso; não quero...
___ Epa! Nem adianta tentar; não tenho tempo; não tenho paciência...
___ Ih! Isso deixará as coisas piores do que já estão...
E o incrível é que apenas um pessimista por perto já é suficiente para anular os eflúvios benéficos de uma dúzia ou mais de otimistas. O mais grave dessa história é que um pessimista não é – ao contrário de um realista – negativo somente em situações específicas. Não! Ele apresenta um padrão contínuo de ver apenas e sempre o lado ruim de todas as coisas.
Para Oscar Wilde o pessimista é aquela pessoa que mesmo podendo escolher entre dois males, opta sempre por ambos. Para o nosso saudoso Millôr Fernandes, sarcasticamente dizia ele, é preferível ser pessimista a ser otimista, pois o pessimista fica feliz tanto quando acerta quanto quando erra. Finalmente, para Winston Churchill o pessimista vê dificuldade em cada oportunidade; o otimista vê oportunidade em cada dificuldade.
Há sim, otimistas exacerbados que vivem em um mundo utópico, idealizado e inalcançável. Esse oposto não deixa de ser igualmente maléfico e deve ser evitado. Nunca nos esqueçamos, portanto, da velha expressão latina que nos ensina que a virtude deve estar no meio (in médio virtus), mas não esqueçamos também que os muito espertos, tanto para o bem como para o mal, podem se valer de otimismos extremos.
Dado um problema real, a princípio insolúvel, vejamos a habilidade que muitos poderiam ter para encontrar-lhe uma saída criativa. No exemplo, fica evidente a prova de que a vida imita a arte e não o contrário, pois, quando a realidade não dá respostas coerentes, dá-se à imaginação asas poderosas:
O Problema:
José Dirceu, condenado pelo mensalão e com passaporte retido no STF, pediu autorização para ir ao velório de Hugo Chávez. Como se depreende, eles eram muito “amigos”. Quem sabe, clandestinamente, até mesmo parentes próximos, primos, irmãos? Para quem adora uma clandestinidade tudo é possível. Além desses possíveis laços de consangüinidade entre José Dirceu e Hugo Chávez, a cúpula do petismo estava indo em peso para Caracas. Ahmadinejad, Cristina Kirchner, Rafael Correa, Raúl Castro e Evo Morales já estavam lá. Muammar Kadhafi, não. Este ficou no comitê de recepção do outro lado. Por que então não ir também José Dirceu? Ocorre, contudo, que Joaquim Barbosa sacramentou um peremptório NÂO.
A solução:
Para contornar esse rotundo e doído “não”, os otimistas e criativos do PT entrariam em contato com Lívia Marin para, tal qual fizera com Russo e Wanda, providenciar, de maneira marota, um jatinho confortável. Sem nenhum controle pelos responsáveis pelo espaço aéreo nacional e pelas imensas fronteiras deste país continente voaria lépido à Caracas ou a qualquer outro lugar que quisesse. Poderia, ainda, no mesmo voo, levar José Genoíno, João Paulo Cunha, Valdemar Costa Neto e Pedro Henry.
Viram meus amigos, como para tudo há sempre solução?
Salve Jorge!
Edson Pinto
Março’2013
Um comentário:
De: Edson Pinto
Para: Amigos
Caros amigos:
O velório de Hugo Chávez ainda não terminou e José Dirceu não conseguiu ir até lá.
Será que haveria um jeito de contornar a proibição que lhe foi dada pelo Supremo?
Vejam no meu texto desta semana PRA TUDO TEM SOLUÇÃO.
Abraço a todos!
Edson Pinto
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