Quiseram fazê-lo doutor: Poderia ser um doutor da máquina humana, entendendo tudo sobre coração, nervos, males da pele, dos ossos ou mesmo da alma. Mas, poderia ainda ser um doutor das leis para defender contra as injustiças do mundo a todos quanto o queriam tão bem.
Não conseguindo convence-lo da magnânima importância de tais misteres, quiseram-no, agora, doutor em grandiosidades da engenharia: construiria palácios, estradas, portos e pontes que se sustentariam infinitas por fios fortes como as obras primas dos aracnídeos de Deus.
Não conseguindo convence-lo da magnânima importância de tais misteres, quiseram-no, agora, doutor em grandiosidades da engenharia: construiria palácios, estradas, portos e pontes que se sustentariam infinitas por fios fortes como as obras primas dos aracnídeos de Deus.
Dado tanto desinteresse só restava faze-lo um político integro: Pela honestidade, inteligência e verdadeiro espírito gregário, conquistaria a confiança do povo e assim se transformaria no líder tão esperado para levar a nação ao Olímpio de sua glória manifesta, mas, infelizmente, ainda inalcançada. Ou então, no mais reto dos clérigos para arrebanhar almas e levá-las sãs e salvas ao eterno Reino de Deus.
Já desistindo de tudo, melhor seria fechar os olhos e deixar que a vida por si só desse ao filho a tarefa que lhe julgasse apropriada. Não há como interferir nos desígnios da Providência e tudo há de se arranjar pela força de Quem mais pode...
E não é que o filho, de repente e quase que por encanto, revela-se tão mais útil e hábil do que todos os ofícios que lhe desejaram de forma tão ardente: Consertava corpos que nem os doutores da medicina; curava almas como os melhores filósofos clássicos; distribuía justiça a fazer dos causídicos abençoados meros aprendizes; construía pontes entre os homens a causar admiração aos mais respeitados arquitetos de sonhos; agregava cidadãos e distribuía justiça social como nenhum político vestal ousara anteriormente. E, tanto quanto o mais santo dos sacerdotes ensinava aos seus semelhantes os caminhos que os levava serenos a Deus.
Assim constando o sucesso do destino tomado pelo filho, os pais morreram felizes e dizendo:
Graças a Deus, nosso filho tornou-se um poeta...
Edson Pinto
postado em 25/07/08
postado em 25/07/08
Nenhum comentário:
Postar um comentário