A espécie humana, ou o que chamamos de Homo sapiens (o homem racional que somos hoje) surgiu na face da Terra há aproximadamente 100 mil anos. Parece ser muito tempo, mas na verdade corresponde a um ínfimo pedaço da trajetória de existência de nosso planeta de mais de 4,5 bilhões de anos.
Tomemos uma analogia para melhor compreensão do que significa nosso tempo de vida na Terra: Se a história da Terra, contada desde o momento em que a Terra foi criada, acumulasse até este momento, 24 horas, correspondendo a um dia inteiro, teríamos então: Ás 5h15 surgiram as primeiras evidências de vida nos oceanos; Às 21h30 os oceanos estavam cheios de vidas e começava a vida no solo; Às 23h apareceram os dinossauros que se extinguiram às 23h42; Às 23h59 registram-se os primeiros antepassados da espécie humana; Às 23h59m58, ou exato 1,7 segundo para 24 horas, surgiu a nossa espécie.
A nossa experiência de mundo, enquanto espécie é, portanto, de apenas 1,7 do total de 86.400 segundos que tem um dia. Nem é necessário fazer mais cálculos para mostrar o quão insignificante é a trajetória humana sobre um meio ambiente de formação tão longa. O homem, em fração minúscula de tempo, se apoderou do patrimônio terrestre e caminha para destruí-lo com a voracidade de seus 7, 10 bilhões em futuro não distante, de consumidores insaciáveis com os recursos naturais obviamente limitados da mãe Terra.
Será que estamos no caminho certo, ou seria necessário mandarmos a astronave Terra parar um pouco enquanto repensamos o nosso futuro? Quais limites seriam aceitáveis para o crescimento desenfreado da população humana e principalmente de seus padrões de consumo a exigirem cada vez mais recursos que não podem ser renovados? Claro que algumas poucas gerações ainda conseguirão usufruir das benesses da mãe natureza, mas certamente em momento não muito distante faltará água, faltarão combustíveis fósseis, faltarão alimentos e assim desaparecerá o equilíbrio saudável de nossa biosfera.
Nunca é demais lembrar que a questão do aquecimento decorrente do efeito estufa acelerador do degelo dos pólos, a destruição da camada de ozônio incumbida de nos proteger da nociva radiação solar ultravioleta, a poluição do meio ambiente degradadora da qualidade de vida e muitos outros desmandos dessa especiezinha chegada nos últimos 1,7 segundos, continua sem solução adequada. Não há como não ver a espécie humana agindo como um adolescente deslumbrado que ao ganhar mesadas generosas sai gastando de forma irresponsável sem a menor preocupação com o futuro. Assim, infelizmente, parece também agir a humanidade.
Mas nem tudo está perdido. E, simplesmente nos comportarmos de forma pessimista, mais prejudica do que ajuda. O importante é que os lideres do mundo saibam como conduzir a humanidade para o uso racional dos escassos recursos da Terra, distribuindo-os de modo equânime, evitando o desperdício e principalmente incentivando a reciclagem dos recursos não renováveis de tal modo a reduzir a exploração desenfreada das limitadas reservas naturais.
O sistema educacional tem um papel importante na formação de uma mentalidade preservacionista nos jovens de hoje, consumidores e lideres do dia de amanhã. Mas por que esperar que apenas a Escola faça a cabeça dos jovens? Os adultos poderiam muito bem começar, em casa, no escritório, na fábrica ou mesmo na comunidade em que interagem a implantar medidas de conservação dos recursos naturais. Como os governos não têm sido efetivos na implantação de programas de coleta seletiva do lixo, por exemplo, e que permite a reciclagem, por que não forçarmos da base para o topo?
Não precisamos esperar que chegue o dia em que preservar a natureza será obrigação passível de punição. Ou agimos de forma espontânea ou teremos que dar razão ao alerta das poucas e boas cabeças dessa espécie dos últimos 1,7 segundos:
"Quando a última árvore tiver caído/Quando o último rio tiver secado/Quando o último peixe for pescado/Vocês vão entender que dinheiro não se come”.
Edson Pinto
30/08/08
Tomemos uma analogia para melhor compreensão do que significa nosso tempo de vida na Terra: Se a história da Terra, contada desde o momento em que a Terra foi criada, acumulasse até este momento, 24 horas, correspondendo a um dia inteiro, teríamos então: Ás 5h15 surgiram as primeiras evidências de vida nos oceanos; Às 21h30 os oceanos estavam cheios de vidas e começava a vida no solo; Às 23h apareceram os dinossauros que se extinguiram às 23h42; Às 23h59 registram-se os primeiros antepassados da espécie humana; Às 23h59m58, ou exato 1,7 segundo para 24 horas, surgiu a nossa espécie.
A nossa experiência de mundo, enquanto espécie é, portanto, de apenas 1,7 do total de 86.400 segundos que tem um dia. Nem é necessário fazer mais cálculos para mostrar o quão insignificante é a trajetória humana sobre um meio ambiente de formação tão longa. O homem, em fração minúscula de tempo, se apoderou do patrimônio terrestre e caminha para destruí-lo com a voracidade de seus 7, 10 bilhões em futuro não distante, de consumidores insaciáveis com os recursos naturais obviamente limitados da mãe Terra.
Será que estamos no caminho certo, ou seria necessário mandarmos a astronave Terra parar um pouco enquanto repensamos o nosso futuro? Quais limites seriam aceitáveis para o crescimento desenfreado da população humana e principalmente de seus padrões de consumo a exigirem cada vez mais recursos que não podem ser renovados? Claro que algumas poucas gerações ainda conseguirão usufruir das benesses da mãe natureza, mas certamente em momento não muito distante faltará água, faltarão combustíveis fósseis, faltarão alimentos e assim desaparecerá o equilíbrio saudável de nossa biosfera.
Nunca é demais lembrar que a questão do aquecimento decorrente do efeito estufa acelerador do degelo dos pólos, a destruição da camada de ozônio incumbida de nos proteger da nociva radiação solar ultravioleta, a poluição do meio ambiente degradadora da qualidade de vida e muitos outros desmandos dessa especiezinha chegada nos últimos 1,7 segundos, continua sem solução adequada. Não há como não ver a espécie humana agindo como um adolescente deslumbrado que ao ganhar mesadas generosas sai gastando de forma irresponsável sem a menor preocupação com o futuro. Assim, infelizmente, parece também agir a humanidade.
Mas nem tudo está perdido. E, simplesmente nos comportarmos de forma pessimista, mais prejudica do que ajuda. O importante é que os lideres do mundo saibam como conduzir a humanidade para o uso racional dos escassos recursos da Terra, distribuindo-os de modo equânime, evitando o desperdício e principalmente incentivando a reciclagem dos recursos não renováveis de tal modo a reduzir a exploração desenfreada das limitadas reservas naturais.
O sistema educacional tem um papel importante na formação de uma mentalidade preservacionista nos jovens de hoje, consumidores e lideres do dia de amanhã. Mas por que esperar que apenas a Escola faça a cabeça dos jovens? Os adultos poderiam muito bem começar, em casa, no escritório, na fábrica ou mesmo na comunidade em que interagem a implantar medidas de conservação dos recursos naturais. Como os governos não têm sido efetivos na implantação de programas de coleta seletiva do lixo, por exemplo, e que permite a reciclagem, por que não forçarmos da base para o topo?
Não precisamos esperar que chegue o dia em que preservar a natureza será obrigação passível de punição. Ou agimos de forma espontânea ou teremos que dar razão ao alerta das poucas e boas cabeças dessa espécie dos últimos 1,7 segundos:
"Quando a última árvore tiver caído/Quando o último rio tiver secado/Quando o último peixe for pescado/Vocês vão entender que dinheiro não se come”.
Edson Pinto
30/08/08
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