1 de jan. de 2009

64) COMEÇAMOS 2009, E AGORA?

Juscelino Kubitschek de Oliveira, médico mineiro da cidade de Diamantina, abraçou a política com tal paixão, seriedade, simpatia, otimismo e bom humor até tornar-se o grande presidente a quem gerações de brasileiros prestarão por tempos imorredouros as merecidas loas. Carinhosamente, ganhou de Juca Chaves a alcunha de “Presidente Bossa Nova”, eternizada em famosa canção daquela época dourada. (canção disponível ao final deste texto)

O nosso presidente atual, Luiz Inácio Lula da Silva, como todos sabem, é um aberto admirador do grande Juscelino e não mede esforços para fazer-se parecido a ele. Quer, como o JK dos “50 em 5”, reproduzir - quem sabe – o seu próprio “80 em 8”. Isto é, 10 anos de progresso para cada ano de governo. E, se a maré lhe for favorável nos bastidores sórdidos de reformas em gestação no Congresso, agora em 2009, por que não encarar um Lula de “120 em 12”? Convenhamos, uma prodigalidade que já lhe desperta a mais modesta de suas frases populistas: “Nunca antes na história deste país...”

Tudo, nesse mundo em plena efervescência de crise global, é possível... O que não é possível é ignorarmos o fato concreto de que um país se faz com planos, boa política, honestidade e muito trabalho. Mas, uma dose de humor pode ser considerada como o chantilly que dá o acabamento atrativo para o bolo que nos reserva o ano novo. Fiquemos, portanto, alertas ao que irá acontecer pelo bem ou pelo mal ao nosso querido e eterno país do futuro.

Voltei de Minas após o Natal e lá, como sempre, encontrei coisas deliciosas que podem nos dar motivos para encarar os desafios, esses na forma de nuvens negras que o horizonte já começa a nos mostrar: Um feijão tropeiro com uma linguiça de porco (2009 já começa nos extirpando o trema desse inigualável acepipe); um frango ao molho pardo com tutu e couve mineira; uma pinga de entrada; no final um doce de leite com queijo para a enfrentarmos com ânimo o misterioso 2009 que teremos de atravessar.

E para prevenir nossas almas de eflúvios coléricos e malsãos, nada melhor do que um “causo” bem mineiro para demonstrar que a sabedoria popular não apenas pode explicar, ao seu modo é claro, os fenômenos sobrenaturais de seu imaginário como ainda encontrar uma maneira jocosa de preservar, ao Lula, lobisomem de noite de lua cheia, o nome do grande Juscelino Kubitschek.

Clique na seta ao pé da janela abaixo e ouça que delícia de “causo”. Assim, começamos o ano pelo menos desopilando nosso fígado com uma boa risada. Em seguida você poderá também se deliciar com a agridoce maledicência do grande Juca Chaves e estabelecer um paralelo entre os dois líderes históricos.

Que 2009 seja o suprassumo (agora temos que dobrar o “s” para suprimir o hífen) de nossas melhores conquistas. Fiquemos tranquilos (novamente o trema foi embora), pois penso que só com boas ideias (xi, o acento agudo também se evadiu) poderemos nos adaptar a esse mundo em constante reforma. Até a ortográfica...

"O CAUSO DO LAMBISOME"







Edson Pinto
janeiro'09

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