Há um tempo certo para semear, plantar, outro para cuidar e, finalmente, um tempo para colher. O ciclo da vida é maravilhoso, pois repete com absoluta precisão essa mágica sequência. Assim ocorre com as flores, com os animais, com as plantas em geral, e com cada um e nós, pois somos também criaturas dotadas desse dom supremo, mas transitório, que é vida. Ela nunca é eterna, mas se renova. Tudo nasce, cresce, morre e depois recomeça numa espiral infinita.
O final do ano é muito propício para ser associado à parte conclusiva do ciclo que corresponde à colheita. Por quê? Penso que ele nos traz aquela sensação de estarmos fazendo um balanço sobre tudo o que o ano a terminar nos propiciou. Em geral, enceram-se - para alegria das crianças e dos valorosos estudantes - as atividades escolares; trabalhadores programam suas férias após um ano inteiro de labuta; terminam os campeonatos de futebol e as temporadas de vários esportes que enchem de alegria e dão lazer às pessoas de todas as idades; as empresas fecham seus números de produção, de suas vendas e apuram os resultados dos negócios para saberem quanto ganharam ou quanto perderam.
No País, a cada quatro anos, renovamos a lista dos líderes políticos a quem entregaremos, no início do próximo, o destino da Nação e o das nossas vidas. O Papa fala “Urbi et Orbi” para dar a tradicional mensagem revigoradora para um mundo melhor à nossa frente.
__ E o mundo, ficou melhor ou pior?
__ Terminamos o ano, como sempre, com dezenas de catástrofes, guerras aqui e acolá, crise econômica ainda persistente; “amalucados“ querendo construir suas próprias bombas atômicas, mas também tivemos coisas boas: progressos nas relações entre povos; as desigualdades sociais seguem lenta, mas firmemente, sendo reduzidas; os esportes confirmam seu poder de unir povos e mexer com emoções.
__ De que forma vimos o ano neste momento em que ele se aproxima do momento de se renovado?
__ Depende da atitude que em nosso foro íntimo mantemos em relação às coisas que acontecem ao nosso redor, nossas circunstâncias, e principalmente com aquelas a turbar inquietas dentro de nós mesmos.
Um pai explicava ao filho jovem que temos dentro de nós dois espíritos: um que é mal, rancoroso, pérfido, negativista, insensível, tenebroso. O outro que é exatamente o contrário: é do bem, pois é alegre, companheiro, positivo, sensível e maravilhoso. O filho então pergunta ao pai:
__ Qual dos dois então prevalece em nós, meu pai? Este respondeu objetivamente:
__ Aquele que você decidir alimentar, meu filho!
Agora que estamos no tempo certo para colher, vamos cuidar mais do bom espírito que habita nossas almas! Nunca nos esqueçamos de que, com a renovação que é a constante da vida, é sempre possível optarmos para, no ano seguinte, quando do início de um novo ciclo, optemos por semear coisas boas como o nosso espírito do bem deseja.
Que tenham todos os meus amigos um Feliz Natal e um ano de 2011 pródigo em boas realizações.
Volto a publicar no meu blog só depois das festas e dos primeiros meses do ano novo. Estarei - como sei que vocês também - muito atarefado na semeadura do que vou colher ao final de 2011.
Edson Pinto
Dezembro’2010
Edson Pinto
Dezembro’2010