9 de dez. de 2011

187) RISO DE CRIANÇA

Desde que o homem inventou e desenvolveu a técnica da escrita, e por conseqüência da leitura, o mundo se transformou de forma expressiva e acelerada. A leitura passou a ser, principalmente nos tempos modernos em que vivemos, uma necessidade básica. Sem ela não se consegue facilmente compreender a vida. Além de se constituir no instrumento de obrigatória utilização para quem precisa se comunicar para fins de trabalho e dos corriqueiros atos do dia a dia é uma das mais prazerosas e baratas formas de lazer.

Uma boa leitura nos abre janelas para o mundo e libera nossa imaginação para muito além do “vale de lágrimas” em que podemos nos encontrar. Nossos neurônios se assanham rejuvenescidos quando convocados para esse mister e assim adiam o momento em que, pelo ócio, se entregariam à morte. Não é por outra razão que as ciências médicas recomendam a leitura como o eficaz remédio para muitos de nossos males. Quando se lê, até a fome pode ser momentaneamente olvidada como fizeram os soviéticos de Stalingrado sob o prolongado cerco nazista no famoso episódio da Segunda Guerra Mundial.

Para nós adultos, a leitura deve ser mais do que o mero entendimento do que as letras e palavras querem nos dizer, mas, sim e principalmente, a correta interpretação e o necessário posicionamento crítico que deve ser feito sobre o escrito. É exatamente a compreensão e o julgamento do que se lê que criam em cada um de nós o prazer da leitura. Vejam aqui o desafio que educadores enfrentam, pois têm que conduzir os pequenos a encontrar o prazer da leitura como pré-requisito para o seu estabelecimento como um hábito para o resto da vida.

Não sou educador, nem linguista, nem filólogo, muito menos literato, mas nem precisaria sê-lo para conseguir compreender essa condição basilar. O prazer da leitura que cria o hábito é tão ou mais importante do que o aprendizado dos símbolos bem como de suas relações sonoras sobre os quais se assentam a escrita e a leitura. Um adulto não alfabetizado pode, com razoável esforço, aprender as letras que a restritiva vida anterior lhe negou, mas não será um leitor completo se não encontrar formas de tirar prazer da leitura. E isso só se consegue com a leitura atenta e o esforço mental para compreender criticamente o seu significado.

Neste final de ano quando nos volta a eterna dúvida sobre o que presentear a amigos e parentes é sempre bom lembrar que um livro com um bom texto, uma boa história, uma trama inteligente, uma lição de vida, contos, poesias, crônicas ou quaisquer outros gêneros pode ser uma excelente opção. E para quem não tem o hábito de ler, ou não tem tempo, mas que sabe da sua importância, nada melhor do que um exemplo. Ele vem no formato de um vídeo caseiro que circula pela Internet, feito por um pai orgulho do interesse de seu pimpolho como leitor presente e futuro.

Para desfrutar desse momento mágico basta clicar na seta do vídeo abaixo. Nem precisa ler, é só deliciar-se.

Edson Pinto

Dezembro’2011

Um comentário:

Blog do Edson Pinto disse...

De: Edson Pinto
Para: Amigos

Caros amigos:

Final de ano chegando e a dúvida de sempre: o que dar de presente? Sobre um filminho caseiro que circula na Internet, resolvi tocar em um tema que deve ser do interesse de todos, a leitura. RISO DE CRIANÇA é o título do meu texto desta semana. Ao final do texto coloquei o pequeno filme a que me refiro.

Bom final de semana a todos!

Edson Pinto