11 de fev. de 2012

192) SOZINHO NA MULTIDÃO

Semana agitada esta que passa! Cá, pelas nossas bandas, chegou o calor que o atual verão ainda não tinha nos mandado. Mas, também choveu, e muito. E quando chove aqui na megalópole é um Deus nos acuda. Sete milhões de carros que normalmente já se espremem em vias superlotadas reduzem ainda mais suas velocidades sempre que São Pedro resolve refrescar o asfalto ardente. Um temporal em São Paulo não é apenas uma chuva de grande intensidade. É um infortúnio descomunal. Se Dante Alighieri vivesse na Pauliceia de hoje, aos nove círculos de sofrimento do seu inferno na Divina Comédia seria, por certo, acrescentado mais um, o trânsito desta enorme metrópole. Um horror!

Foi durante expiação dessa magnitude, na Marginal Pinheiros, quinta-feira última, que eu comecei a refletir sobre o atual fenômeno das redes sociais nesta era da Internet. Dois eventos recentes turbinaram meu cérebro ocioso enquanto o congestionamento não se desfazia: Primeiro, havia eu a pedido de alguns amigos mais modernos, dado os passos iniciais para a adesão à coqueluche do momento, a rede social, virtual, já conhecida de 845 milhões de terráqueos, chamada Facebook. Abrira a conta, de graça, no site do programa, com o nobre intuito de “adicionar” os amigos que me solicitavam adesão. Ato contínuo, remunerei com a bagatela de R$10,00 a minha netinha de 10 anos para transmitir-me os rudimentos da navegação no site. Segundo, havia lido atentamente, no dia anterior, a reportagem de capa da revista Veja que mostra o jovem Mark Zuckerberg, com apenas 27 anos, a caminho célere com seu Facebook para ser uma empresa de 100 bilhões de dólares. “Curti” tudo isso!

Nada melhor do que um trânsito engarrafado para nos levar a pensar algo profundo e com a força de se quebrar paradigmas: Se até a locomoção para irmos ao encontro de amigos está ficando impraticável, é mais do que aceitável que nossas relações sociais só poderão ocorrer, doravante e em maior escala, se for de forma virtual, pela Internet.

Não é mais uma questão de ser a favor ou contra o distanciamento físico que torna tudo muito impessoal e frio, mas, sim, a alternativa que se apresenta para as dimensões que o prefixo mega se nos impõe como necessário a tudo que temos e vivenciamos: Megacidades, megatrânsito, megacongestionamentos, megacompromissos, megarresponsabilidades, enquanto, naturalmente, somos cada vez mais microscópicos.

É só no virtual que poderemos nos redimir dessa pequenez. Não adianta – amigos da velha-guarda – nos mantermos entrincheirados nesta guerra contra a tecnologia, senhora dos novos tempos. Abandonemos o ranço do "status quo" e tomemos as mesmas armas do inimigo. Há tempo, ainda e sim, para assimilarmos os novos padrões da vida social. É puramente, agora, um a questão de sobrevivência com qualidade.

Pretendo nas próximas semanas revelar com mais conhecimento de causa os eventuais segredos que vier a descobrir sobre o Facebook. Como ele pode afetar nossa maneira de viver e principalmente como podemos usá-lo para a reconstrução da rede de relacionamentos sociais que os megaproblemas do mundo atual têm nos negado.

Por enquanto, sugiro estes três simples passos:

1) Na tela de pesquisa do Google, digite Facebook
2) Clique no endereço do site ali indicado
3) Faça o seu registro seguindo as curtas e simples orientações que virão na tela.

Se não forem bem-sucedidos nessas três banais orientações, não esperem até que eu volte a falar do tema em textos futuros. Chame sua netinha de 10 anos ou algum "projeto de gente” de idade equivalente que, por módicos R$10,00, será possível adquirir a ciência basilar que o reintroduzirá no maravilhoso mundo da vida social.

Edson Pinto
Fevereiro’2012

Um comentário:

Blog do Edson Pinto disse...

De: Edson Pinto
Para: Amigos

Caros amigos:

Nesta semana com muito calor e chuva tive motivos de sobra para refletir sobre uma nova tecnologia que promete mudar para sempre a vida de todos nós.

Não é porque ficamos mais velhos que não devemos nos atualizar com o mundo novo que nos rodeia.

Leiam meu texto SOZINHO NA MULTIDÃO e saibam o porquê.
Abraço a todos!

Edson Pinto