Em 1975 comprei um Maverick
vinho, carro elegante, esportivo... Uma máquina poderosa, mas voraz consumidora
de combustível.
Em 1978 decidi vendê-lo. Precisava ficar em linha com a mentalidade ecológica que em vigor na época. Veio o
choque do petróleo com decorrente aumento astronômico do preço do combustível.
Foi triste, no entanto, guardei a desconfiança que um dia tudo poderia ser
diferente, para melhor, é claro...
20/04/2020, o petróleo, com
contratos para fechamento em maio próximo, chega ao inacreditável,
inimaginável, surreal valor negativo de US-37,63. É isso mesmo, valor negativo...
Produtores de petróleo estão pagando para os compradores o levarem. Não têm
capacidade de armazenamento e o melhor é pagar para se verem livres do excesso
do ainda chamado “ouro negro”.
Aí lembrei do meu Maverick que
bebia mais do que o Zeca Pagodinho. Tivesse-o, ainda, estaria agora na hora de
- ao invés de gastar com combustível - ganhar uma graninha quanto mais rodasse
pelas estradas deste nosso imenso País..
.
Viram como neste mundo real em
que vivemos não há nada que seja permanente, exceto, por ora, as leis de
Newton?
Edson Pinto
20/4/2020
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